
O construtivismo vê a Matemática como uma construção humana constituída por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas reais ou possíveis. O importante não é aprender isto ou aquilo, mas sim aprender a aprender e desenvolver o pensamento lógico-formal.
Crusius (1994, p. 169) chama de "construtivista-interacionista" uma prática pedagógica na qual o papel do aluno conste em ver, manipular o que vê, produzir significado ao que resulta de sua ação, representar por imagem, fazer comparações entre a representação imaginada e o objeto de sua ação real; desenhar, errar, corrigir, construir a partir do erro, mostrando da maneira que pode, através de desenhos, o que ficou na cabeça.

O erro que a criança comete, ao realizar uma tarefa matemática, passa a ser visto não como algo negativo, ruim e que deve ser imediatamente corrigido pelo professor. Ao contrário, para o construtivismo, o erro é visto como uma manifestação positiva de grande valor pedagógico.
O construtivismo também torna a Psicologia como núcleo central de orientação pedagógica. Devemos considerar que a Psicologia não é uma Pedagogia, nem uma teoria educacional. A Psicologia, ao pesquisador como o indivíduo aprende, fornece subsídios valiosos à Pedagogia. Isso não implica, porém, que devamos torná-la como única fonte de orientação para a prática pedagógica.
Thaísa C. R. Pacheco e Gislaine A. dos Santos