sábado, 11 de outubro de 2008

Não Mate(a)mática!

Oras, e por falar em matemática, resgatei da lembrança como foi o processo inicial da matemática em minha vida. E não estou falando do cotidiano não!
Em que aprendemos a contar os mini-chicletes (aqueles que não existem mais da Adams) para impedirmos que ele acabe, ou quando juntei as moedas ofertadas por familiares num cofrinho feito por mim, na intenção de completar minha coleção de Almanaque da Turma da Mônica - edição de férias ou ainda quando eu contava quantas figurinhas faltavam pra completar meu
álbum “Amor Perfeito”!

Não falo sobre isso... pois no ensino fundamental, não permitiram que eu fizesse essas relações de vida com a matemática.
As minhas lembranças são sobre cálculos inconcebíveis pra época, sobre a temida chamada oral da tabuada, que me levou a decorá-la e não saber multiplicar aleatoriamente (sim eu confesso que tenho que seguir a ordem da multiplicação até chegar ao resultado desejado) e sobre a não menos temida resolução de problemas na lousa. Na frente de todos! E ai de quem cometesse algum erro! Era um problema...
No terceiro ano do ensino fundamental tive uma professora que deu início a um trabalho bem interessante: no primeiro dia de aula, ela já pediu que levássemos uma fruta no outro dia e quando chegamos à sala de aula munidos de diversas frutas, ela anunciou a aula de matemática dizendo que faríamos uma enorme salada de frutas! Foi o máximo!
Escrevemos sobre a fruta que levamos, falamos da divisão que o corte proporcionava, da quantidade ideal para fazer a salada pra turma, enfim. Mas o destino da boa aula de matemática foi interrompido muito cedo por uma licença-maternidade da maravilhosa professora... e a substituta era da categoria “decore e aprove”!
Bom, está decidido! Vou fazer diferente com meus alunos!
Mas espera: fazer diferença? Contextualizar é suficiente?
Pode ser, vamos testar?
Quantas possibilidades de discussões matemáticas têm neste texto?
Inúmeras, pode acreditar! A matemática está em todo lugar.

Edna Araújo.

2 comentários:

Descobrindo a Matemática disse...

A matemática está em todo lugar!! Concordo, mas porque nem sempre a enxergamos?! é incrivel como muitas pessoas, inclusive eu, podem se identificar com o seu texto! E quando refletimos sobre nossa prática queremos fazer diferente, mas inevitavelmente em a pergunta: Como???
O seu texto possui muitos elos de discussão. E como tudo ultimamente na faculdade e nas nossas discussões, temos muito mais perguntas e questionamentos do que respostas!! Como fazer? Ainda não sei!! Alguém sabe?

Silviane Avila

Descobrindo a Matemática disse...

Edna
É isto mesmo, busacr fundamentação teórica e prática para fazer diferente, para que a aprendizagem da matematica seja significativa e prazerosa, é possivel, você mesma relata isto!!!
bjs
Martha