segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Inquietudes

Oi pessoal a nossa disciplina de metodologia e ensino de matemática terminou, porém alguns questionamentos ficaram e com isto o desafio continua. Tornar a matemática prazerosa e desmistifica-la para cada criança, pode ser um deles. Uma das inquietudes que ainda tenho é o fato da disciplina de metodologia da matemática na Universidade ser tão importante na formação de pedagogos atuantes do nosso ensinoque se encontra em caráter mediocre, porém com uma carga horária muito reduzida. Bem pessoal estes foi mais uma conversa informal.
Juliana Machado.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O Livro em questão

Na verdade o livro didático vem sendo utilizado em nossas escolas como a ferramenta primordial e essencial para a garantia do ensino. Acredito que não seja um equivoco a fundamentação das aulas neste material, o problema está na redução do ensino, com apenas uma base teórica. O professor muitas vezes não vislumbra de dedicação para o estudo, reflexão e análise desses. E os fatores que implicam para esta realidade permanecerem são muitos. O que ocasiona um ensino estereotipado e limitado. Porém, ainda há hoje em dia o uso de apostilas, que a meu ver dificulta ainda mais um ensino democrático e significante, uma vez que estas são universais, não considerando as particularidades da cultura local. Como pode ser utilizada uma apostila no norte do país e ela mesma no sul? Como ficam os conhecimentos que foram priorizados de geografia, matemática, português, história? É algo para pensarmos melhor?
Juliana Machado Fernandes

sábado, 8 de novembro de 2008

Materiais Matemáticos!

No processo de ensino-aprendizagem da matemática podemos utilizar vários materiais para auxiliar os alunos. O uso de recursos concretos pode facilitar realização das operações matemáticas e a compreensão de conceitos abstratos.

Material Dourado:

Criado por Maria Montessori (1870), este material auxilia na concretização das quatro operações fundamentais. Constituído de cubinhos, barras, placas e um cubo ele representa nosso sistema de numeração decimal-posicional, ou seja, unidade, dezena, centena, e milhar respectivamente. Podendo ser utilizado em diversas atividades, jogos....

Ábaco:


Este, como já citado na postagem anterior, representa nosso sistema decimal, e cada linha possui dez bolinhas representando: unidade, dezena, centena, unidade de milhar, dezena de milhar. Também pode ser usado em muitas atividades, mas principalmente na compreensão do “vai um” ou “sobe um” na adição, ou seja, “vai uma dezena”. O ábaco pode ser uma grande ajuda no inicio da aprendizagem da contagem.

Blocos Lógicos:

Criado por Dienes, os blocos lógicos contêm 48 peças divididas em três cores (amarelo, azul e vermelho), quatro formas (círculo, quadrado, triângulo e retângulo), dois tamanhos (pequeno e grande) e duas espessuras (fino e grosso). Sendo que as peças podem ser de madeira ou cartolina. O seu uso permite o aluno fazer comparações entre as formas geometrias e as diferentes cores.

Material Cusinaire:


Idealizado pelo professor belga Georges Cusinaire, cada barra é identificada pelo tamanho e pela cor, correspondendo a um numeral. As peças têm a forma de prismas retangulares de 1 cm² e o comprimento variável de 1 a 10cm. As cores são associadas aos numerais de 1 a 10.

Cada um desses materiais pode ser utilizado de muitas formas. Cabe ao professor explorar ao máximo o potencial e peculiaridades do material trabalhado. Dando também a oportunidade dos alunos manipularem e descobrirem como melhor usá-los.

Silviane Avila

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sistema numérico indo-arábico......




No dia 31 de Outubro fizemos em nossa sala de aula seminários para ampliarmos os nossos conhecimentos sobre os sistemas numéricos. Então nos organizamos em duplas. Utilizamos como fonte da nossa apresentação o livro da coleção “Vivendo a matemática - a numeração indo-arábica” do autor Luiz Márcio Imenes, ano 1997, editora Scipione. Duas duplas ficaram responsáveis em apresentar este livro por isso dividimos o que cada dupla iria apresentar, nós ficamos responsáveis por 4 capítulos do livro.
Os quatro capítulos foram:
Zero uma conquista difícil, a origem da numeração indo-arábica, mudanças na escrita dos algarismos e enfim, um sistema muito prático.
Fizemos nossa apresentação em forma de Power point, mas aqui colocaremos alguns trechos do livro de Imenes que consideramos importante.


“Levou muito tempo para que o zero fosse inventado, e mesmo depois, esse símbolo não foi aceito com facilidade. Vejamos por quê. Os números foram criados a partir de necessidades concretas, nas diversas contagens que se apresentavam no dia –a- dia. Os números surgiram como resposta à pergunta: Quantos?” (IMENES, p.33)

Se não temos o que contar, automaticamente não precisaríamos de um símbolo para representar o que não se tem.
Mas como o nosso sistema de numeração procura retratar o que se passa no ÁBACO é necessário que haja um símbolo para representar as casas vazias.
Podemos dizer então que a existência do zero tornou possível o sistema de numeração posicional que utilizamos até hoje.


Exemplo para representar o numéro 305 utilizariamos cinco unidades , zero dezenas e 3 centanas ,como representamos o ábaco o zero surgiu apartir dessa necessidade de representar as casas vazias do ábaco.
“No contato com os indianos, os árabes assimilaram o sistema de numeração decimal posicional. Ao invadirem a Europa, por volta do século VIII, para lá levaram essa representação de números. Por terem os árabes, dessa forma, difundido o sistema numérico indiano, ele passou a ser conhecido como INDO-ARÁBICO.”(IMENES, p.38)
Concluindo...

Um sistema de numeração para ser prático não deve utilizar variados símbolos. Mas sim deve utilizar um determinado número de símbolos que combinados podem representar quaisquer quantidades.
É o que acontece com o sistema indo-arábico com o uso de apenas dez símbolos:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 0
Nosso sistema numérico é:
Indo-arábico posicional.


Juliana Machado Fernandes e Patrícia Thomas

Poema Matemático

"Às folhas tantas do livro de matemática, um quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma incógnita. .
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do ápice à base. Uma figura ímpar olhos rombóides, boca trapezóide, corpo ortogonal, seios esferóides.
Fez da sua uma vida paralela a dela até que se encontraram no infinito.
"Quem és tu?" - indagou ele com ânsia radical.
"Eu sou a soma dos quadrados dos catetos, mas pode me chamar de hipotenusa". E de falarem descobriram que eram o que, em aritmética, corresponde a almas irmãs, primos entre-si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas, curvas, círculos e linhas senoidais.
Nos jardins da quarta dimensão, escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas e os exegetas do universo finito.
Romperam convenções Newtonianas e Pitagóricas e, enfim, resolveram se casar, constituir um lar mais que um lar, uma perpendicular. Convidaram os padrinhos: o poliedro e a bissetriz, e fizeram os planos, equações e diagramas para o futuro, sonhando com uma felicidade integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos e foram felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia.
Foi então que surgiu o máximo divisor comum, freqüentador de círculos concêntricos viciosos, ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum. Ele, quociente percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade.
Era o triângulo tanto chamado amoroso desse problema, ele era a fração mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade e tudo que era espúrio passou a ser moralidade, como, aliás, em qualquer Sociedade ..."
(Millor Fernandes)

Thaísa C. R. Pacheco

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Essa história de livro didático...

Existem coisas que nós não podemos entender, e uma delas é o livro didático ajuda ou atrapalha o professor em sua prática pedagógica.
Eu dia que: ajuda e atrapalha! Mas como pode ser?
Bom, primeiro é que apesar de existirem exceções, o livro didático é um bom suporte ilustrativo, e temático. Quando bem elaborado ele pode trazer situações diversas, além do universo da criança. Segundo, ele não precisa ser encarado como chave para o aprendizado, apenas um suporte para este; um dos meios para se atingir o interesse da criança.
O fato é que no atual discurso pedagógico: somos professores com carga horária de 40 ou até 60h semanais, estamos cansados, passamos o dia correndo de uma escola para outra, e não temos nem recursos nem tempo hábil para preparar e diversificar nossas aulas, assim o livro didático é a melhor forma que temos de encontrar condições de cumprir com a meta de conteúdos a serem ministrados!
Isso tudo é verdade, mas eu paro para pensar entre estes di pontos: positivos e negativos, e penso qual a solução para o equilíbrio deles?
Acredito, infelizmente, que cabe ao professor lutar pela mudança deste quadro, não se desgastar em greves, ou fazer de seu trabalho seu desgosto, mas precisamos encontrar uma possibilidade de mudança. Acho que vai ser mais difícil colocar em prática a mudança do que realmente encontrá-la.
Penso na história do sapo: se colocarmos um sapo numa panela de água fervendo ele pula rápido, mas do contrário, se colocarmos ele numa panela com água morninha ele fica, é gostoso e ele irá se acomodar, mas não ira perceber quando a água estiver esquentando e esquentando, e cozinhá-lo.
Precisamos pular dessa panela de água morninha e gostosa, ante que fiquemos cozidos. O momento precisa ser criado, ele não surgirá por milagre.
Eu quero iniciar essa descoberta, pois não quero me acomodar!!

Cristina M. Varela

domingo, 2 de novembro de 2008

Dicas...

A Matemática (do grego máthēma (μάθημα): ciência, conhecimento, aprendizagem; mathēmatikós (μαθηματικός): apreciador do conhecimento) é a ciência do raciocínio lógico ou abstrato. Ela envolve uma permanente procura da verdade. É rigorosa e precisa. Embora muitas teorias descobertas há longos anos ainda hoje se mantenham válidas e úteis, a Matemática continua permanentemente a modificar-se e a desenvolver-se. (Wikipédia)

Convido a todos a entrar no site abaixo, nele encontramos a história da matemática, dicas de atividades, jogos interativos, desafios, tira duvidas, espaços para o professor.... Para quem gosta de matemática ou está interessado a aprofundar seus conhecimentos, é uma boa opção:

http://www.somatematica.com.br/

Outro site interessante a ser visitado é: http://matematica.com.br/, este é voltado para alunos do ensino fundamental e médio, mas também pode ser utilizado por professores!

No YouTube também podemos encontramos diversos vídeos interessantes, inclusive relacionado a matemática, que podem auxiliar em nossas aulas e discussões, como:

Pato Donald, a Matemática e a Música:
http://www.youtube.com/watch?v=7S3iW_sbqsA

Vasculhando a internet encontramos muitos vídeos e páginas sobre a matemática, só é preciso interesse e tempo para encontrar o que estamos precisando e procurando!

Você sabia???!!!
Se numa festa comparecem 500 pessoas, podemos ter certeza que entre os presentes existem pelo menos dois que aniversariam no mesmo dia!!!!!!


Silviane Avila

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Tendência Construtivista

Essa tendência veio para substituir a prática mecânica e associacionista em aritmética por uma prática pedagógica que visa, com o auxílio de materiais concretos, à construção das estruturas do pensamento lógico-matemático e à construção do conceito de número e dos conceitos relativos às quatro operações.
Para o construtivismo, o conhecimento matemático não resulta nem diretamente do mundo físico nem de mentes humanas isoladas do mundo, mas sim da ação interativa/reflexiva do homem com o meio ambiente e/ou com atividades. Ou seja, a idéia pedagógica de ação, concebida pelos construtivista, é muito diferente daquela concebida pelos empírico-ativistas.
O construtivismo vê a Matemática como uma construção humana constituída por estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas reais ou possíveis. O importante não é aprender isto ou aquilo, mas sim aprender a aprender e desenvolver o pensamento lógico-formal.
Crusius (1994, p. 169) chama de "construtivista-interacionista" uma prática pedagógica na qual o papel do aluno conste em ver, manipular o que vê, produzir significado ao que resulta de sua ação, representar por imagem, fazer comparações entre a representação imaginada e o objeto de sua ação real; desenhar, errar, corrigir, construir a partir do erro, mostrando da maneira que pode, através de desenhos, o que ficou na cabeça.

O erro que a criança comete, ao realizar uma tarefa matemática, passa a ser visto não como algo negativo, ruim e que deve ser imediatamente corrigido pelo professor. Ao contrário, para o construtivismo, o erro é visto como uma manifestação positiva de grande valor pedagógico.
O construtivismo também torna a Psicologia como núcleo central de orientação pedagógica. Devemos considerar que a Psicologia não é uma Pedagogia, nem uma teoria educacional. A Psicologia, ao pesquisador como o indivíduo aprende, fornece subsídios valiosos à Pedagogia. Isso não implica, porém, que devamos torná-la como única fonte de orientação para a prática pedagógica.

Thaísa C. R. Pacheco e Gislaine A. dos Santos

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tendência Tecnicista

De origem norte-americana, o tecnicismo pedagógico tem como concepção matemática a função de eficiência e funcionalidade conforme os modelos do sistema de produção capitalista.
Sendo assim, não importa como o aluno aprenda, mas sim o resultado final de sua aprendizagem.
Desta forma, o conhecimento é inquestionável, pois o aluno não deve buscar entende-lo, mas aceita-lo, ou melhor “engolir a seco” todo o conteúdo “depositado” sem questionamentos.
Assim, conforme critica Paulo Freire, tal concepção centraliza-se em uma “educação bancária”, onde o professor deposita todo o conhecimento pronto em que o aluno deve receber, tal qual uma máquina registradora.
A escola, instituição que parte de um sistema funcional e organizado, tem como função a manutenção da ordem, para isso deve “moldar” o aluno tornando-o eficiente e útil para o sistema.
Neste contexto de submissão, o professor e o aluno ocupam, uma posição secundária como meros executores, cujo foco centra-se na ação dos especialistas com oferecimento de técnicas especiais de ensino e de administração escolar.
Abaixo segue um vídeo embora muito conhecido, mas que reflete exatamente a tendência capitalista.
http://www.youtube.com/watch?v=M_bvT-DGcWw

“Nós não precisamos de educação.
Nós não precisamos de controle de pensamento.
Sem sarcasmo sombrio na sala de aula.
Professores deixem as crianças em paz!
Hey professores! Deixem as crianças em paz!
De qualquer maneira você era só mais um tijolo no muro.
De qualquer maneira você é só outro tijolo no muro”.
(letra traduzida "Another brick in the wall "– Pink Floyd)

Façamos uma reflexão sobre as características da tendência tecnicista com a música acima (lançada em 1979).
O que há de semelhante com os dias atuais?
Percebemos que tal tendência ainda está presente em muitas escolas de hoje, onde se preocupa com o resultado final, para agradar os pais.
Se o aluno é alfabetizado ou aprende a calcular os números e forma rápida é sinal de que o professor é competente o suficiente para tal.
Se tal tendência está presente nas escolas públicas de que temos conhecimento, imaginemos então em escolas particulares! ?
Então, de que forma podemos agir para com que nós futuras pedagogas não sejamos apenas mais uma na vida de nossos alunos?
E mais...
Quais práticas adotar para que nossos alunos não se tornem mais um tijolo frio e estático inseridos no imenso muro do sistema capitalista?

Lucilene Morais

domingo, 26 de outubro de 2008

Máquina de Ensinar - O uso das tecnologias!

Uma máquina pode realmente ensinar alguma coisa?

B. F. Skinner acreditava que sim, inclusive ele construiu uma com base nos seus estudos Behavioristas. Este vídeo, que foi exibido durante uma das nossas aulas, mostra esta máquina e como ela pode ser utilizada e a sua possível contribuição no ensino:
http://www.youtube.com/watch?v=vmRmBgKQq20

Claro que sua utilização não foi adiante. Mas atualmente vivemos na era digital. Computadores, celulares, ipod’s nos cercam, tanto fora quanto dentro das escolas. E cada vez mais é exigido do professor/a uma postura em relação as tecnologias de comunicação e informação (TIC’s) e seu uso.

Mas apenas levar os estudantes para o laboratório de informática é trabalhar pedagogicamente com as tecnologias? Colocá-los na frete do computador e pedir que encontrem uma resposta no Google é uma ação pedagógica reflexiva e crítica?

Com o livro didático podemos ter a mesma discussão... Tudo depende do uso que o professor faz das ferramentas e materiais que estão ao seu redor.
A principal questão não é usar ou não o livro didático ou as tecnologias, mas sim como utilizá-las!

O professor pode pedir que seus alunos descubram o que é energia elétrica ou redefinir esta pergunta, como por exemplo: quais as modificações que a energia elétrica trouxe para o ser humano. Na primeira o aluno simplesmente coloca a palavra em um site de busca e a resposta está pronta, na segunda ele vai ter que elaborar a resposta, buscar em várias fontes, perguntar aos colegas e familiares.

Mas novamente fica uma grande questão:
Nós, futuras educadoras, estamos prontas para lidar com as tecnologias?

Adendos:
Mais informações sobre B.F. Skinner:

http://www.youtube.com/watch?v=1b-NaoWUowQ&feature=related

Curiosidades Matemáticas:
http://www.youtube.com/watch?v=Bij3hWd2AHc
http://www.youtube.com/watch?v=y4zqPs_pdbY&feature=related

Silviane Avila

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Poema Matemático

Postarei uma poesia pertencente ao livro "O código das Águas" cuja autoria é do escritor catarinense Lindoff Bell, nascido em Timbó.
Como na poesia não é comum o uso correta da gramática, aceitando a total liberdade de expressão, podemos perceber o uso do pronome oblíquo "me" logo no início.

Vamos então ao poema!

Poema Matemático

"Me somo e fico um
Me multiplico e permaneço um
Me divido e continuo um
Me dimimuo e resto um
Me escrevo e sou nenhum".

Organizando a possivel proposta da poesia

Primeira linha : 1/2 + 1/2 = 1
Segunda linha : 1 x 1 = 1
Terceira linha : 1 dividido por 1 = 1
Quarta linha : 1-0 = 1
Quinta linha : há uma busca de sua identidade, um traço muito marcante de Bell.( subjetividade).

Gislaine Alves dos Santos

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Tendência Formalista Clássica



Quem nunca fez continhas onde colocávamos um número embaixo do outro e os professores colocavam no título: Arme e Efetue, pois é muitos de nós fomos ensinados através desta tendência: Formalista Clássica.
Essa tendência se caracteriza por ser centrada no professor. Ele é o transmissor e expositor do conteúdo. O aluno apenas copia, decora, mas muitas vezes não compreende o processo. Neste contexto o aluno é considerado passivo. Sua aprendizagem se consiste na memorização e na reprodução, não consegue raciocinar sozinho precisa do raciocínio e procedimentos ditados pelo professor ou pelos livros didáticos. Modo de avaliar o aluno, através de provas, desenvolve o que recebeu.
Aspectos relevantes:
Concepção de matemática: Não é inventada ou construída pelo homem;
Como se dá a produção de conhecimento: Livros/Memorização/Exercícios de Aplicação/ Sistematização / Repetição;
Finalidades e Valores: A matemática era vista como verdade absoluta / Elevação espiritual;
Concepção de ensino: Modelo Euclidiano /Concepção Platônica;
Concepção de aprendizagem: Aprendizagem passiva/por repetição;
Relação Professor-Aluno: Transmissor/Expositor – Receptor/Passivo;
Pesquisas para o ensino de MTM: Estudos por parte dos professores e formuladores de currículo.


Esperamos que quando formos dar aula não nos encaixemos nesta tendência ,pois não queremos alunos passivos que apenas copiem e decorem ,temos que instigar suas mentes e fazer com que eles gostem de aprender e compreender os conteúdos.

Patrícia Thomas e Juliana Machado Fernandes.

domingo, 19 de outubro de 2008

Entre uma mudança e outra....

Minha felicidade foi a de que não tive um primeiro dia de aula solitário, ou cheio de choros, como a maioria das crianças. Meu primeiro dia numa escola foi também o de meus dois irmãos mais novos.

Ingressei no Jardim I aos 4 anos de idade. A professora era bastante paciente e vivia elogiando seus alunos. Desenhávamos e pintávamos todos os dias, e foi com ela que tive meu primeiro contato com as letras do alfabeto e com os números. Lembro-me até hoje de como eu adorava quando ela passava atividades onde era necessário o uso de lantejoulas coloridas, papel crepom e vários materiais que atiçavam minha imaginação. Gostava muito também de trabalhos de colagem e que utilizavam tinta. Não saí do Jardim alfabetizada, certamente porque era ainda muito jovem.

Com 5 anos ingressei na Pré-escola, em uma instituição de freiras extremamente rígida. Foi nessa época que fui alfabetizada e comecei a aprender contas de soma e a subtração através de diversos jogos e atividades lúdicas que a professora utilizava. No ano seguinte, junto com uma mudança de cidade, mudei novamente de escola. Ingressei na 1ª série completamente alfabetizada e tendo noção das contas de somar e subtrair. O sistema utilizado nessa instituição era similar ao da instituição que cursei a pré-escola, ou seja, se utilizava muito do lúdico e também de jogos para o ensino da matemática. Foi na 1ª série que tive bastante contato com o chamado Material Dourado, bastante utilizado até hoje para o ensino da matemática nas séries iniciais. Freqüentei a 1ª e a 2ª séries nessa mesma escola, e então mudei novamente de cidade. E de escola. =(

Aos 8 anos, já então na 3ª série, o método adotado para o ensino da matemática pela escola nova na qual eu havia ingressado não tinha nada de lúdico, e muito menos pedagógico, como nas escolas anteriores. Foi então que desenvolvi uma aversão à matéria, pois comecei a ter certa dificuldade em relação à mesma. Mas nada que me fizesse ficar atrasada em relação aos meus colegas. Nessa escola cursei a 3ª, a 4ª e a 5ª séries. Era também uma instituição de freiras, como todas as outras que havia estudado, e era muitíssimo rígida.

Quando passei para a 6ª série mudei novamente de cidade, aos 11 anos. Morei na cidade só o tempo necessário para terminar o ano letivo. E então mudei de cidade novamente. Aos 12 anos ingressei na 7ª série. Cursei da 7ª ao 1ª ano do Ensino Médio na mesma escola. Lembro-me que tive alguns problemas apenas na 8ª série, em relação à matemática. Nada com que eu tivesse que me preocupar, mas sempre fui muito atenta em relação às minhas notas, então durante esse ano tive acompanhamento de uma professora particular. Só tirei dez o ano inteiro! =D
Depois dessa experiência com a professora particular, minha aversão em relação à matéria simplesmente desapareceu. Quando ingressei no 1ª ano do Ensino Médio, percebi que tinha desenvolvido uma habilidade incrível em relação não somente à matemática, mas também à física e à química.
Terminei o Ensino Médio em outra cidade, pois mudei novamente ao final do 1° ano do Ensino Médio. Nunca mais tive nenhum tipo de grande dificuldade em relação à matemática, e até aprendi a gostar da matéria.


Thaísa C. R. Pacheco

As tendências matemáticas

Quando começamos nossas discussões sobre a matemática e seus conteúdos, uma retrospectiva das tendências do ensino desta nos pareceu extremamente importante. Pois como entender seus fundamentos se não compreendemos os propósito com que a ensinamos, e mais ainda o porquê que a ensinamos assim.
Fora através do estudo do texto “Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil.”, que iniciamos uma retrospectiva a respeito do assunto. Nesta postagem iremos trazer alguns aspectos a respeito da tendência “Socioetnocultural” que aparece fortemente nos discursos mais atuais e por que a mesma vem se destacando, cabe a você, caro leitor, interpretar as entrelinhas:

Nesta tendência seus aspectos mais relevantes são:
Concepção de matemática: Teoria da diferença cultural;
Como se dá a produção de conhecimento: saber prático produzido histórico-culturalmente;
Finalidades e Valores: desmistificação e compreensão da realidade;
Concepção de ensino: problematizador;
Concepção de aprendizagem: Compreensão e sistematização do saber do aluno;
Relação Professor-Aluno: relação dialógica / troca de conhecimentos;Pesquisa para o ensino de MTM: abordagem etnomatemática.

De todas as tendências pelas quais a matemática fora re-significada compreendemos que esta é a que mais se aproxima ao que acreditamos de uma prática pedagógica significativa. A matemática ganha mais significado e deixa de ser tão descontextualizada. Mas um discurso teórico deve sempre tomar cuidado com a prática: o olhar crítico deve estar sempre presente tanto ao que se discute como ao como se pretende discutir. Às vezes é mais fácil voltar ao que se conhece do que mudar. Podemos pretender algo, mas praticar outra totalmente diferente!
Quando lemos nossos memoriais percebemos que nosso aprendizado veio de outros métodos de ensino, outra tendência. E sabemos que modificar a nossa visão a respeito daquilo que estamos acostumados é um trabalho que requer empenho e dedicação.

Mas se tratando de uma retrospectiva, qual serão as outras tendências? E em qual delas você se encaixa?

Cristina Varela e Silviane Avila

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Livro Didático... usar ou não usar, eis a questão!

Livro didático é “hell”
Livro didático é salvação
Sem o livro não chego ao céu
Com o livro não saio do chão

Seguir o livro é tapar os olhos
Ficar sem ele é negar conselhos
Acreditar no livro didático é garantir-se alheio
Desacreditar no livro é ficar no vermelho

Usar, não usar!
Criticar, contextualizar!
Acreditar, ressignificar!
São tantos verbos, tantas dúvidas, mas confesso:
Ainda tenho que pensar!

Edna Araújo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Lembranças da Matemática...

Quando ouvimos falar em qualquer atividade de matemática, já formamos um pré-conceito de que será algo chato, sem sentido e de difícil compreensão. Mas por que apresentamos tanta resistência à disciplina de matemática? Por que nos causa um frio na barriga só de ouvir falar na palavra? Através dos relatos (memorial) apresentados pelas colegas, pude observar que o resultado dessa aversão é, na maioria das vezes decorrente da trajetória escolar, e o professor é o grande protagonista dessa história.
Minha vida escolar sempre se deu em escola pública.Tenho poucas lembranças das minhas aulas de matemática, mas o que mais recordo no ensino fundamental, é da dificuldade que tinha em operações de divisão e multiplicação, principalmente.
Na terceira série minha professora não cobrava a tabuada e quando fazíamos as provas de matemática, ela não removia a tabuada da parede como era de costume nas séries anteriores, pois justificava que não éramos obrigados a decorar. Tal atitude me causava um estranhamento, pelo fato de ser diferente da prática das demais professoras. Mas de certa forma ficava feliz, pois acabava me beneficiando com isso.
A quarta série foi um ano muito difícil, pois a cobrança era maior e como havia passado sem compreender a tabuada e as operações, obtive ainda mais dificuldade, além de ter muito medo da professora, que educava na base da ameaça e do controle.
Certo dia ela me cobrou a tabuada do oito, e eu, contando nos dedos, passei por um enorme constrangimento perante os colegas, deixando visível minha falta de conhecimento e habilidade. Exigiu então, que eu viesse no dia seguinte com ela decorada, caso contrário, sofreria alguma punição. Então cheguei em casa e me dediquei o resto do dia em função da tabuada.
Minha ansiedade em mostrar a professora e aos colegas que havia conseguido cumprir a tarefa solicitada era muito grande. Porém no dia seguinte esperei a manhã toda, a aula se passou e o momento tão esperado não ocorreu. Não me foi cobrado a tabuada que me deu tanto trabalho em decorar. Assim, não pude mostrar aos meus colegas minha nova conquista.
Hoje entendo que de certa forma essa cobrança me serviu para alguma coisa, pois ainda tenho facilidade em operar com qualquer número que seja multiplicado por oito. Mas penso que poderia ser diferente, se a aprendizagem tivesse sido significativa, poderia aprender a dominar a matemática em si, mas não por medo e sim pelo prazer de descobrir.
Na série seguinte, reprovei em matemática. O fato de ter que repetir o ano, enquanto meus amigos seguiam adiante, comprometeu muito minha auto-estima e fez com que eu apresentasse ainda mais desgosto pela disciplina.
Deste ano em diante, passei todas as séries, mas sempre ficando em recuperação em matemática, principalmente. Depois surgiram as disciplinas de Física e Química para complicar ainda mais. Recordo-me que no ensino médio alguns professores incentivavam o uso da calculadora, pensando estar facilitando nossa vida. Até que veio o momento de estudar para o vestibular. Fui aprovada depois de muitas tentativas, com muita dificuldade em cálculos.
Hoje percebo que o ensino de matemática que obtive na escola deixou muito a desejar, pois ainda encontro algumas dificuldades com os cálculos exigidos no cotidiano, tendo que recorrer muitas vezes à calculadora para efetuar operações mais triviais. Seja pela falta de tempo, de paciência ou de habilidade, fato este que me deixa muito preocupado, enquanto futura pedagoga.
Por isso, espero com a disciplina, desconstruir essa imagem negativa que a matemática proporcionou em minha vida, para que eu possa oferecer aos meus alunos, uma forma mais prazerosa de aprender. Para que no futuro, não sejam escravos da calculadora nem vítimas desse “bicho de sete cabeças”.
Reflexão: Parece utópico falar em desconstrução da imagem negativa da matemática, quando presenciamos o ensino sendo transmitido nos moldes tradicionais de geração a geração. Porém se o professor tiver a consciência da existência do diferente e da sua importância, articulada com a vontade de inovar, estará dando o primeiro passo rumo a um ensino e uma aprendizagem mais significativa.
E vocês colegas, o que pesam a respeito? Vocês acham que é possível fazer diferente? Gostaria de saber suas opiniões...
Lucilene Morais

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Minha aprendizagem....



Até hoje quando escuto a palavra “vamos aprender matemática” sinto um certo frio na barriga. E isto tem uma razão básica. É que ficou na minha memória que aprender matemática é uma MISSÃO IMPOSSÍVEL. Quando paro para pensar como aconteceu este processo de aprendizagem em minha vida, não tenho muitas coisas a falar. A razão é simples. Não me lembro de quase nada, apenas do que foi mais difícil de aprender ou até mesmo do que nunca aprendi e até hoje não sei nem para que serve.
Entrei na escola cedo, aos dois anos de idade, deste período até a 1º série realmente não tenho nenhuma lembrança. Quando estava nos anos iniciais recordo que tinha dificuldade em subtrair quando o número tinha um zero e o número de baixo fosse sete, por exemplo, então tinha que aprender que de zero não se tira nada e, por isso, havia necessidade de “pedir emprestado para o vizinho”. Hoje entendo como se faz estes cálculos. Sei como acontece este processo, mas não compreendo como podemos ensiná-lo de forma clara e que não confunda os alunos.
Nunca tive muita aptidão com os números, sempre fiz aulas de reforço, particulares, para poder acompanhar o que estava aprendendo na escola, sempre tive dificuldade e, ao mesmo tempo, muita timidez o que fez com que eu nunca procurasse eliminar as minhas dúvidas na aula. Eu tinha medo de errar ou de perguntar algo sem sentido. Até hoje muitas vezes me vejo nestas situações de dúvida e não tenho coragem de perguntar.
No Ensino Médio lembro que o meu processo de aprendizagem da matemática não foi fácil, mas também não foi tão difícil. Passei o 1º e o 2º ano do ensino médio sem pegar recuperação, o que para mim foi uma grande surpresa. Lembro com nitidez que no 1 º ano do 2º grau não conseguia aprender logaritmo de jeito nenhum e para ser aprovada na disciplina acabei colando de uma grande amiga para poder passar de ano “direto”. E até hoje não sei para que se aplica o logaritmo e também nunca tive o interesse de aprender. Espero, contudo, que nunca faça falta.
Logo que entrei na faculdade fiquei pensando quando iria aprender o que devemos ensinar aos alunos. Será que vamos aprender aquilo que tínhamos dúvidas quando pequenas. Na 1º fase do curso tive a oportunidade de trabalhar em uma escola com aulas de reforço para alunos de 1º a 4º séries. Passava à tarde com eles ajudando a fazer os deveres, tirando dúvidas e foi neste momento que descobri que a matéria que mais gosto de ensinar é a matemática. Afinal conseguia trabalhar com objetos concretos, dar exemplos, neste momento o que me auxiliava muito era o material dourado. O que antes me dava medo, frio na barriga, hoje não dá mais, ou melhor, às
vezes o friozinho aparece, mas bem menor que antes. Espero poder ensinar a matemática de uma forma mais agradável do que me foi ensinado.
Patrícia Thomas

Lembranças de minha vida escolar em relação à disciplina de matemática



Comecei a estudar com sete anos na Escola São Francisco de Assis, em uma comunidade pertencente à cidade de Lebon Régis que se localiza no Oeste de Santa Catarina. Estudei nesta escola até a 4ª série, e neste período algumas coisas ficaram marcadas como: algumas professoras, a disciplina de matemática e seu ensino que foi decepcionante pelo fato de ter passado por vários constrangimentos que relatarei mais a diante.
Lembro que comecei a conhecer os números na primeira série e na segunda série apreendi a fazer continhas de adição e subtração, das quais eu adorava. Porém, na terceira série começou a tortura. Minha professora Enedina era muito rigorosa, mal humorada, e escrevia um recadinho no caderno quando alguém não fazia os deveres, eu até fazia, mas sempre deixava para fazer a noite e como na minha casa não tinha luz, usávamos vela e enquanto eu fazia a tarefa também brincava com a vela e nem percebia que pingava cera em meu caderno.
No dia seguinte, a professora Enedina passava olhando os cadernos para ver quem tinha feito a tarefa, ela brigava comigo quase todos os dias, dizia que não iria olhar meu caderno porque estava um nojo, me mandava para fora da sala tirar as ceras de vela que estavam coladas no caderno para posteriormente olhar. Meus colegas riam de mim, faziam piadinhas sobre o ocorrido e eu ficava com muita raiva.
Recordo-me também de quando a professora começou a cobrar a tabuada para que pudéssemos aprender a fazer continhas de multiplicação, e como eu tinha muita dificuldade de compreender aquela lógica da matemática ficou ainda mais difícil da forma que ela cobrava a tabuada, que era oral. Achei que a tortura estava chegando ao fim, mas me enganei.
Da 5ª a 8ª série passei a estudar no Colégio Estadual “Frei Caneca” em Lebon Régis. Reprovei na 5ª série, porque não estudava, ficava jogando bola com os meninos, mas acho que reprovei mesmo, por que não tinha cobrança e nem incentivo de ninguém e por ser tudo muito diferente para mim, mais disciplinas, vários professores...Acabei reprovando.
Comecei a me esforçar na 7ª série quando minha mãe queria me tirar da escola, porque eu gastava muito tênis durante o ano, pois jogava futebol na quadra que era de cimento salpicado.
E em relação ao ensino de matemática, a tortura prosseguiu. Minha professora Teresinha Prado, era muito estúpida, explicava o assunto só duas vezes, e se alguém falasse que não tinha entendido, ela questionava o que os alunos estavam fazendo durante a explicação. Passava de 3 a 4 páginas de exercícios para fazer em casa e na próxima aula a correção ocorria da seguinte forma: cada um, em seqüência das filas de carteiras tinha que resolver um exercício no quadro, sem levar o caderno. Ela ficava olhando você fazer e as vezes perguntava de onde saiu aquele resultado e ainda perguntava o porque? Isso não era nada, tinha dias que nós (a turma) decorávamos a resolução da conta que iria cair para cada um, mas era bem nesses dias que ela mudava a seqüência dos exercícios . A sala inteira quase tinha um ataque do coração nas aulas dela, eu quase tive um enfarte quando ela escolheu alguns alunos para resolver umas contas que ela tinha selecionado.Me escolheu e eu não tinha feito, copiei da minha amiga e passei a resolução do exercício na minha mão, na hora em que eu estava no quadro resolvendo, quero dizer copiando da mão ela viu e me expulsou da sala e me deu suspensão de 3 dias e mandou que eu fosse estudar.
Passei a maior vergonha e fiquei triste, sentido um grande constrangimento, pois todos da sala ficaram sabendo que eu não sabia fazer aquele exercício que a Teresinha falava que era muito fácil.
Este relato acima, mostra as lembranças que tenho em relação a minha vida escolar, mas especificamente, ao ensino de matemática.

Os fatos citados, as professoras, os objetos ordinários, daquele tempo, nos ajudam a perceber que mudanças ocorreram, ou não, no ensino, na didática dos professores e nas formas de ensinar e aprender matemática.


Gislaine Alves dos Santos

Minhas lembraças



A minha vida na escola sempre foi dramática, bem vamos colocar um pouco mais de eufemismo nesta frase, hilária. Demorava em compreender as noções básicas de matemática. Porém, o que me confortava é que sempre ouvia alguns comentários: “não se preocupa, que matemática é assim mesmo, a tendência é só piorar”,” Não se preocupa, pouca gente gosta de matemática e você não é a única”. Mas na verdade isto me incomodava muito, me perguntava: será que não gosto mesmo de matemática? Descobri que eu até gostava, ás vezes, bem esploradicamente, quando compreendia, o problema estava justamente aí, raramente entendia.


Para que aquele conteúdo me serveria?
Ah! Mas me lembro, como adorava estudar os números romanos. Minha mãe dizia que era porque ela também gostava desses números. Mas não acreditei muito não, por que se você assim, ela não suportaria expressão numérica, análise combinatória, trigonometria, geometria plana e assim por diante, ou seja, quase toda parte da matemática que está faltando.
O que mais me assusta é que a matemática nos dias atuais ainda está sendo vista como sinônimos de trauma . Meu questionamento é porque isto acontece? Será porque os professores de hoje são aqueles que também tiveram os seus traumas?


Juliana Machado

Lembranças...

A primeira lembrança que tenho relacionada à matemática, me transportou para os anos de 1971 e 1972, anos que antecederam a minha entrada na escola, onde eu tinha 4 e 5 anos, respectivamente. Lembranças felizes, que se estivessem registradas em fotografia estariam amareladas, mas na minha memória as cores se mantém, assim como as sensações de criança que descobre a cada dia um universo de coisas novas.
Manhãs ensolaradas... Sentava-me no muro que dividia o meu jardim com o jardim daquele senhor aposentado, semblante calmo, mas vivaz, lembrava-me o Tio Barnabé, do Sitio do Pica Pau Amarelo, sempre sorridente e com algumas histórias para contar. Entre uma história e um copo de Qsuco ou guaraná Charrua, havia uma brincadeira! Brincadeira de contar! Ele falava “um” e eu repetia “um”, ele falava “dois” e eu repetia “dois”, isso se seguia... “Agora você sozinha!” – dizia ele. E era 1, 2, 3, 5, ops! E começava de novo 1, 2, 3, 4, 5, 8, ops!
Uma BRINCADEIRA, um DESAFIO, um JOGO. O jogo de contar.
E foi assim, que Seu Orlando, me ensinou a “contar”.
Aos 6 anos entrei na escola, no chamado Jardim da Infância. Deste, lembro das pinturas com guache, da casa de bonecas, de algumas brincadeiras e dos gritos da Professora Francis. Da 1ª série lembro da “abelhinha” e de como a Professora Sueli, que era um amor, nos ensinava a juntar as letras. Na 2ª e 3ª séries é amnésia total! Não lembro nem das professoras.
Seguiram-se, então, quatro (4) longos anos sem números em minha memória. Não lembro de realmente nada relacionado à matemática.
Novamente a memória se restabelece! Lembro de muitos momentos e situações vividas na 4ª série da Professora Vilma! Dos colegas, da sala de aula, das atividades em grupo, das brincadeiras e jogos que ela fazia com a turma. Continhas, efetue, calcule, problemas matemáticos, eram alguns enunciados rotineiros, escritos naquela enorme parede verde, que todos chamavam de quadro negro. E como era bom pegar o giz e ir até lá resolver as operações no quadro, podíamos levar o caderno e até errar. Foi neste ano que decorei a tabuada do 7.
Na 5ª série, a Professora Rosana, de matemática, costumava explicar bem a matéria, passava exercícios no quadro, depois caminhava pela sala, atendendo- nos individualmente, procurando solucionar as dúvidas de cada um. Eu resolvia os exercícios, mas não entendia o significado de tudo aquilo (1º (parênteses), depois {colchetes} e por último as [chaves], ou +com+ dá+, -com - dá+ e mantém o sinal, -com+ dá- e pega o sinal do maior). Ahhm?!
E assim foi até o 3º ano colegial, decoravaregras e fórmulas, resolvia os exercícios de forma mecânica e me perguntava: Qual o sentido disso?

Lendo os textos postados pelas colegas e meu próprio texto, percebemos diversas questões relacionadas ao ensino-aprendizagem da matemática. Que fatores por exemplo, influenciaram minha memória fazendo-me lembrar tão claramente dos momentos em que aprendi a seqüência dos números, aos 5 anos, ou a tabuada do sete aos 10 anos e não lembrar-me de absolutamente nada do que aprendi aos 8 e 9 anos? Refletir a cerca dessas questões abre um leque de possibilidades referentes a prática pedagogica no ensino da matemática.


Anelise Linck

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Quando entrei no mundo da matemática?!

Nossa, tem tanta gente que se lembra dos detalhes mais insignificantes de sua infância, e eu aqui, com uma vaga lembrança dos acontecimento que se caracterizam como minha história. Quando eu penso no meu aprendizado de matemática é só de acontecimentos mais recentes que eu consigo lembrar...
Tenho claro dois aspectos na minha memória: primeiro que tudo aquilo que eu tive dificuldades me remetem a sentimentos ruins e não são totalmente esquecidos, e segundo que quando eu não lembro nada é porque não me marcou.
Estes aspectos não se restringem a eles mesmos.
Quero dizer que minhas lembranças relacionadas a números são todas relacionadas as maisores dificuldades que tive, mas essas lembranças não são de minha época na escola de 1ª a 4ª série, são bem mais recentes.
Acho que foi nessa mudança da matemática básica para a matemática avançada que surgiram todas as complicações que me levaram a temer esta disciplina, desprezá-la, odiá-la, enfim, esquecê-la.
Lembro de ter que decorar a tabuada, e de ter que dominar e aplicar formulas que eu nunca soube muito bem da onde vieram. Lembro de episódios em que eu não soube responder corretamente um exercício e meus colegas rirem da minha cara.
Foi no ensino médio que eu percebi que todas as minhas dúvidas eram relacionadas a matemática básica, aquela aprendida nas séries iniciais. Eu não entendia as frações, à divisão, a multiplicação, então como conseguiria desenvolver uma equação de números racionais, ou montar uma matriz...? tudo ficará mais obvio.
E a minha pergunta passou a ser, se eu não me lembro de nada que aprendi no inicio da escola, será que algum dia aprendi alguma coisa?
Como me ensinaram a dividir, e a multiplicar e pior ainda a trabalhar com frações?
Ai que dor de cabeça!!!

O que quero dizer é que uma criança na escola, continua sendo uma criança na escola e não uma máquina copiadora, reprodutora. Existiram várias concepções de matemática, e várias formas de ensiná-la, mas isso eu sei agora que estou estudando para ser uma educadora. A 17 ano atrás eu só sabia contar...

Essa é a minha experiência, a minha lembrança, mas eu não sou a unica que tive dificuldades com a matemática. Outras pessoas também tiveram!

Cristina Varela

domingo, 12 de outubro de 2008

Minhas Memórias Matemáticas...

Como escrever sobre a minha aprendizagem da matemática quando não lembro de praticamente de nada?! Sim é verdade, de nada, mesmo. As minhas lembranças dos anos iniciais de escolarização são referentes às professoras, amigas, brincadeiras, e ao processo de alfabetização, mas não da matemática. Sendo que a grande maioria destes momentos se resumem ao jardim, primeiro e segundo ano do ensino fundamental, do terceiro e quarto ano tenho um branco, nem das professoras consigo lembrar. Sobre a aprendizagem da matemática nesta época não consigo recordar de nada. Nem das atividades e nem como aprendi os números ou a contar. Minhas primeiras lembranças da matemática são já da quinta série, lembro do professor, que foi o mesmo até a oitava série, e possuo lembranças das atividades, trabalhos, do meu caderno e das recuperações. O professor, extremamente tradicional, passava os exercícios no quadro e se baseava no livro didático, os alunos apenas copiavam, não recordo de nenhuma atividade mais criativa ou diferenciada. Deste momento lembro que a disciplina de matemática fazia parte do grupo de matérias que não gostava, nem das aulas e muito menos de estudar, fazia o que o professor pedia e me esforçava para passar de ano, sempre ‘raspando’. E este sentimento me seguiu até o cursinho pré-vestibular, estudar matemática ficava por último em minha lista, depois de química e física. Eu passava horas estudando história, mas em matemática apenas fazia os exercícios por obrigação, tinha que estudar porque ‘cai’ no vestibular. E este desgosto pela matemática me trouxe alguns problemas no entendimento de outras disciplinas, minhas dificuldades em química e física muitas vezes estavam relacionadas a matemática, acabava apenas decorando as fórmulas sem entender o porquê daquele processo e resultado. Lembrando que muitos professores de matemática que tive não tinham esta preocupação de explicar o porquê, simplesmente era daquele jeito e tínhamos que copiar. Por tudo isso posso dizer que minhas memórias matemáticas são bem reduzidas e nem sempre são agradáveis.

Então devo me questinar: Porque não lembro de nada? Não foi nem um pouco significativo para mim? Porque?
Não sei se o mais importante neste momento é descobrir o porque não foi significativo para mim naquela época, mas sim fazer como a minha colega Edna, tentar descobrir uma maneira para que a minha futura prática seja significativa aos meus alunos. Fazer diferente! Mas como???????
Mudar, buscar novos caminhos, correr atrás, não algo é fácil! E isto explica porque muitas professores, apesar de discursos inovadores e diversas pesquisas, quando se voltam para a prática retornam para aquilo que conhecem de melhor, o tradicional.
E sabemos que, como na figura acima, muitas vezes, este modo de ensino pode gerar medo e traumas nos alunos... fazendo os alunos fugirem da matemática como vampiro foge da cruz!!!

Será que vamos ser e fazer diferente ou no desespero vamos recorrer ao tradicional???

Silviane Avila

sábado, 11 de outubro de 2008

Não Mate(a)mática!

Oras, e por falar em matemática, resgatei da lembrança como foi o processo inicial da matemática em minha vida. E não estou falando do cotidiano não!
Em que aprendemos a contar os mini-chicletes (aqueles que não existem mais da Adams) para impedirmos que ele acabe, ou quando juntei as moedas ofertadas por familiares num cofrinho feito por mim, na intenção de completar minha coleção de Almanaque da Turma da Mônica - edição de férias ou ainda quando eu contava quantas figurinhas faltavam pra completar meu
álbum “Amor Perfeito”!

Não falo sobre isso... pois no ensino fundamental, não permitiram que eu fizesse essas relações de vida com a matemática.
As minhas lembranças são sobre cálculos inconcebíveis pra época, sobre a temida chamada oral da tabuada, que me levou a decorá-la e não saber multiplicar aleatoriamente (sim eu confesso que tenho que seguir a ordem da multiplicação até chegar ao resultado desejado) e sobre a não menos temida resolução de problemas na lousa. Na frente de todos! E ai de quem cometesse algum erro! Era um problema...
No terceiro ano do ensino fundamental tive uma professora que deu início a um trabalho bem interessante: no primeiro dia de aula, ela já pediu que levássemos uma fruta no outro dia e quando chegamos à sala de aula munidos de diversas frutas, ela anunciou a aula de matemática dizendo que faríamos uma enorme salada de frutas! Foi o máximo!
Escrevemos sobre a fruta que levamos, falamos da divisão que o corte proporcionava, da quantidade ideal para fazer a salada pra turma, enfim. Mas o destino da boa aula de matemática foi interrompido muito cedo por uma licença-maternidade da maravilhosa professora... e a substituta era da categoria “decore e aprove”!
Bom, está decidido! Vou fazer diferente com meus alunos!
Mas espera: fazer diferença? Contextualizar é suficiente?
Pode ser, vamos testar?
Quantas possibilidades de discussões matemáticas têm neste texto?
Inúmeras, pode acreditar! A matemática está em todo lugar.

Edna Araújo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Iniciando uma reflexão...

A disciplina de Conteúdos e Metodologias de Ensino da Matemática teve início no dia 29 de julho de 2008. É ministrada pela Professora Doutora Martha Kaschny Borges, contabilizando 60 horas/aula em nosso currículo. Esta foi muito esperada pela turma, pois a matemática normalmente não trás boas lembranças desde o Ensino Fundamental. Como sempre foi uma disciplina temida por mim, e talvez por minhas colegas, tenho certo receio de como ensinar um conteúdo, que pouco compreendo . Espero que esta disciplina possa contribuir muito com o meu crescimento como futura educadora.
Ainda possuo muitos questionamentos e incertezas, que espero sejam amenizados durante o semestre... ou quem sabe não? Ainda assim, espero realizar durante esta fase muitas reflexões sobre o assunto!
Esta disciplina tem como proposta estudar a educação da matemática nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental: tendências, pressupostos teórico-metodológicos, processo de ensino-aprendizagem, entre outros.
O que vocês esperam desta disciplina?
Patrícia Thomas